Observo que seguidamente editores de alguns importantes veículos de comunicação dedicam-se a escrever artigos a respeito do novo trabalho da sua empresa, os novos cadernos, a diagramação melhorada, os conselhos de leitores e outras novidades nas edições.
Soma-se a este desejo de inovação, a maior parte baseada em regras de marketing trazidas por executivos especializados, a implantação de uma série de filtros na informação que chega até as redações.
Estes dois elementos, o apego ao marketing e a implantação de filtros na informação, mostram que os meios de comunicação perdem a espontaneidade no seu trabalho mais importante, aquele para o qual imagina-se terem sido fundados: informar a população. Com os editores e os principais executivos preocupados com a imagem e o marketing da empresa, a edição e reportagem parecem ficar num segundo plano. A situação se agrava quando funcionários qualificados são direcionados para a filtragem da informação. O objetivo é publicar apenas aquilo que interessa, dentro do interesse da organização, aquela mesma grandemente interessada em preservar sua imagem através de marketing direcionado.
Estes são os dois principais males da imprensa neste primeiro quarto do século 21, no meu entender. Vale tanto para veículos de grande porte como para aquelas pequenas empresas das pequenas e médias cidades. A informação ficou pasteurizada, com o jornalismo sendo atingido diretamente pelos efeitos de políticas empresariais e interesses comerciais que tiram a naturalidade da informação.
Quando a imprensa faz publicidade de si própria, já que possui de todos os meios para isso, afirmando ter credibilidade, imparcialidade e ser interativa, ela quer criar a sensação de que está no seu papel, quando na verdade seu objetivo-fim perde a prioridade. É o sinal da própria decadência, algo que o tempo encarrega-se de provar. Ou será que isto já não é percebível nas quedas de audiência, assinantes e leitores?
28 28-03:00 novembro 28-03:00 2010 at 2:36 pm
Coooom certeza!!!Queremos jornal que fale a verdade reportes como tú que cumprem o papel verdadeiro de transmitir os fatos e não de manipulá-los, gente que “filtra asd denúncias e só publíca o que é “permitido”, mas estes são raros em Osório, aliás tem mais algum repórter em Osório que esteja disposto a criticar com coragem e conhecimento de causa,ou todos acham que está bom do jeito que tá??
Que é normal(por exemplo)fazer um concurso público e, em vêz de nomear os aprovados no concurso contratar funcionários(as)através de uma instituição de apoio a excepcionais
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14 14-03:00 janeiro 14-03:00 2014 at 8:17 am
Do ponto de vista mercadológico (Marketing), o jornal demonstrando o seu novo estilo, filtros e até uma preocupação com o visual que mais agrada o cliente pode ser de certo modo bem-vindo. O que fica na dúvida talvez seja até que ponto o mercado está tomando conta da redação. Concordo com o amigo no ponto onde menciona a pasteurização do produto, nesse caso a informação. Que de forma alguma deve ser pré-definida. Mantendo o foco aqui mencionado, – o mercado e o marketing – nosso leitor deve saber que as marcas, nesse caso leia-se jornais e veículos que tem um nome a zelar, ou que prometem alguma inovação, mesmo que essa seja apenas estar por dentro das novidades menos interessantes, como a vida das celebridades por exemplo, precisam “entregar” as duas promessas. De nada adianta manter-se alinhado com diversas técnicas mercadológicas para estar sempre na cabeça dos leitores, se as matérias mais interessantes, mais convenientes e os “furos” de reportagem forem do concorrente. Lembrem-se: imagem é muito importante, mas o que mais importa mesmo é o conteúdo!
Um abraço!
Jonatan Fortes
Consultor de Marketing CRA/RS 000609
sinaliza.com
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