Informativo da Prefeitura é de maio de 2012
Terminou a intervenção da administração municipal de Osório no Hospital São Vicente de Paulo, encerrando-se um ciclo. De fato o que se espera é que tenha chegado ao fim da linha a fase de interferência política na entidade, o que se verificada desde os anos 90, lá no século passado.
Nítido está o fracasso do modelo filantrópico lastreado pelo setor público, algo que eu já vinha apontando há oito anos atrás.
Os políticos estavam empolgados à época, chegando a publicar uma revista que tinha como manchete: “Ampliação do Hospital de Osório atenderá a alta complexidade”. Era maio de 2012 e o Executivo navegava em dinheiro, inflado pelo bom andamento da economia, royalties e outros empreendimentos que projetaram a cidade.
No entanto, foi uma grande ilusão, coisa que grande parte da população não notou, aliás nem quer acreditar, pois a situação se deteriorou a tal ponto que houve greves no Hospital, fim do setor de traumatologia e decadência de maior parte dos seus serviços.
O IAHCS está gerindo o Hospital, mas não posso abordar muito este assunto, afinal não se sabe o que está rolando nos bastidores. Evidente que a comunidade está alienada do que será do São Vicente, pois o interesse político-eleitoral segue alto.
Hoje, depois do fracasso do modelo apadrinhado, os políticos que apoiaram isto estão bem quietinhos, afinal não querem se defrontar com números negativos, falhas e cobranças da população. “O sucesso tem vários pais, mas o fracasso é órfão”, disse John Kennedy certa vez.